À medida que a pandemia de coronavírus se espalha pelo mundo, bilionários estão fazendo doações para a luta contra a doença, com alguns dando mais do que outros. Desde meados de março, a Forbes acompanha o quanto esse grupo de ultra-ricos está doando para as causas contra a Covid-19. Enquanto a maioria dos 2.095 bilionários do mundo ainda não doou ou não divulgou quanto gastou, pelo menos 77 deles abriram suas carteiras. Desses, 54 divulgaram pelo menos parte de suas doações, enquanto outros 23, como Joseph Tsai, da Alibaba, deram quantias não especificadas de dinheiro ou prestaram assistência na forma de suprimentos ou equipamentos médicos que a Forbes não pôde avaliar.
Desses bilionários, Jack Dorsey emergiu como o doador mais generoso até agora, depois de anunciar em 7 de abril que estava transferindo US$ 1 bilhão de suas ações da Square (cerca de um quarto de seu patrimônio líquido de US$ 3,9 bilhões) para uma LLC para apoiar a luta contra a Covid-19. Não está claro quanto desse montante será destinado à pandemia (até agora ele distribuiu cerca de US$ 5 milhões em quatro organizações), mas, mesmo que ele acabe doando apenas 20% do que prometeu, será um comprometimento maior do que seus colegas. A segunda maior promessa vem do magnata da tecnologia indiano Azim Premji, que planeja doar US$ 132 milhões para ajuda humanitária e intervenções de saúde para conter a propagação da Covid-19. Bill Gates vem em terceiro, com US$ 105 milhões comprometidos, principalmente para serem gastos em vacinas, tratamento e desenvolvimento de diagnóstico.
Donald Trump, o primeiro presidente bilionário dos EUA fez uma doação de US$ 100 mil (um quarto de seu salário) para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. O cheque representa 0,005% de seu patrimônio líquido de US$ 2,1 bilhões.
Um bilionário de Oklahoma que comprometeu US$ 10 milhões até agora criticou o presidente Trump, não por causa de sua doação insignificante, mas por causa da resposta de seu governo até agora. “É lamentável que a instituição de caridade privada assuma o papel de rede de segurança primária e até gerente de cadeia de suprimentos e logística por causa do fracasso do governo em desempenhar sua função”, disse George Kaiser.